Os países ocidentais apoiaram Muamar Kadafi quando isso lhes era vantajoso, mas bombardearam o líder líbio quando ele não servia mais a seus propósitos, a fim de "saquear" o país rico em petróleo, disse o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad nesta terça-feira.

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Embora o governo iraniano tenha aplaudido o povo líbio por ter derrubado o homem que considerava um ditador ilegítimo, Ahmadinejad advertiu os líbios que o Ocidente agora visava administrar o país.

"Mostre-me um presidente europeu ou americano que não tenha viajado para a Líbia ou não tenha assinado um acordo (com Kadafi)", disse Ahmadinejad em um discurso transmitido ao vivo e no qual acusou o Ocidente de ordenar a execução do ex-líder líbio.

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"Algumas pessoas disseram que eles mataram esse cavalheiro para garantir que ele não pudesse dizer nada, o mesmo que eles fizeram com Bin Laden", disse.

O Irã acusa o Ocidente de ter ajudado a criar o grupo militante muçulmano sunita Al-Qaeda, liderado pelo saudita Osama bin Laden, morto pelas forças especiais norte-americanas no Paquistão em maio.

Ahmadinejad disse que a resolução da ONU que aprovou a ação contra Kadafi foi uma autorização para "saquear" o petróleo líbio.

"Qualquer decisão que reforce a presença, a dominação ou a influência de estrangeiros seria contrária aos interesses da nação líbia", disse Ahmadinejad.

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