O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, provocou polêmica nesta segunda-feira (24) em Nova York, nos Estados Unidos. Ele enfrentou um grande protesto ao chegar à Universidade Columbia e trocou farpas com o reitor da instituição, Lee Bollinger. Também afirmou que em seu país não há homssexuais.
O acadêmico disse que o presidente iraniano exibe "todos sinais de um cruel ditador". Ahmadinejad retrucou dizendo que a crítica era um insulto para o público presente à palestra.
Ahmadinejad é um dos maiores críticos da administração do norte-americano George W. Bush. Ele veio a Nova York para participar da Assembléia Geral da ONU, que começa nesta terça-feira.
Em sua fala, para um auditório lotado por cerca de 600 pessoas, Lee Bollinger citou a brutal repressão aos dissidentes, as execuções públicas de minorias e ainda qualificou como "ridícula" a negação ao Holocausto (extermínio de judeus durante o regime nazista de Hitler na Segunda Guerra Mundial) -atribuída a Ahmadinejad meses atrás.
Questionado por uma pessoa da platéia sobre suas declarações, o presidente do Irã negou-se a confirmar que alguma vez tenha negado o Holocausto.
Sem gays no Irã
No meio de sua palestra, já respondendo a perguntas dos estudantes e acadêmicos, Ahmadinejad arrancou risos da platéia ao dizer que no Irã não há homossexuais. "Nós não temos homossexuais no Irã, como vocês têm nos Estados Unidos", disse o presidente.
Antes da palestra da universidade, Ahmadinejad disse que há direitos humanos no Irã -justamente uma das maiores críticas das centenas de manifestantes que o aguardavam às portas da Columbia com cartazes e faixas. O povo do Irã é muito feliz. Eles são livres para expressar o que eles pensam", disse o presidente durante conferência no Clube Nacional da Imprensa dos Estados Unidos.
Sem armas nucleares
No domingo (23), o presidente iraniano disse em uma entrevista ao programa "60 Minutes", da rede de televisão CBS, que o Irã não precisa de armas nucleares e descartou uma guerra com os Estados Unidos.
"Eles precisam entender que não queremos uma bomba nuclear. Não precisamos dela. Para que queremos uma bomba?", afirmou.
No mesmo dia Ahmadinejad disse que viaja para a Assembléia Geral da ONU, em Nova York, com a intenção de "apresentar o modelo iraniano aos outros países". A visita de Ahmadinejad a Nova York vem gerando polêmica desde a semana passada.
O próprio presidente havia dito que gostaria de visitar o "Marco Zero", local onde ficavam as torres gêmeas que foram derrubadas por um ataque terrorista em 11 de setembro de 2001. Depois de muita pressão contrária as autoridades americanas não autorizaram sua visita.
E na última quinta-feira (20), o jornal americano "Daily News" mandou Ahmadinejad para o inferno em sua manchete (veja ao lado).
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