O Irã quer melhorar as relações bilaterais com os Estados Unidos e outras potências ocidentais, disse o presidente Hassan Rouhani, num artigo publicado num jornal alemão nesta segunda-feira, abordando o tema que ele vinha evitando desde que assumiu o poder.
Rouhani venceu as eleições de junho no Irã depois de prometer uma política de engajamento com o Ocidente e tem mantido contatos diplomáticos regulares com os Estados Unidos, mas esses contatos têm se limitado a negociações sobre o programa nuclear iraniano.
"Queremos reconstruir e melhorar as nossas relações com os países norte-americanos e europeus, com base no respeito mútuo", escreveu ele numa contribuição para o Sueddeutsche Zeitung.
"Estamos nos esforçando para evitar novos problemas nas relações entre o Irã e os Estados Unidos e também para superar as tensões que herdamos", declarou o presidente, que prometeu reduzir o isolamento iraniano e ganhar um alívio nas sanções contra o país.
Teerã e Washington cortaram relações depois da Revolução Islâmica no Irã, em 1979.
O país, segundo Rouhani, não pode esquecer tudo que tem afetado as relações com os EUA nos últimos 60 anos, mas acrescentou: "Devemos agora nos concentrar no presente e nos orientar para o futuro".
O pragmatismo diplomático de Rouhani já resultou em avanços significativos. Quando em Nova York, para a Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, o presidente do Irã teve uma conversa histórica pelo telefone com o presidente dos EUA, Barack Obama. Essa foi a primeira vez que os mandatários dos países conversaram em mais de três décadas.
"REMOVENDO AS DÚVIDAS"
Posteriormente, autoridades iranianas enfatizaram que a ligação era para apoiar um resolução diplomática para o programa nuclear do Irã, e não sobre laços bilaterais. Dois meses depois, o Irã e potências mundiais assinaram um acordo provisório em que o Irã aceitava cortar as suas atividades nucleares em troca de um alívio nas sanções.
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