Cidade do México (EFE) O presidente do México, Vicente Fox, deu ontem por encerrada a crise diplomata com a Venezuela, à espera de que o trabalho de sua chancelaria possa diminuir a tensão das relações nas próximas semanas. Na segunda-feira, a controvérsia levou à retirada dos embaixadores dos dois países, por isso as relações entre o México e a Venezuela membros do Grupo dos Três (G3), assim como a Colômbia estão agora ao nível de encarregados de negócios. Em meio aos pedidos de vizinhos latino-americanos para que os vínculos fossem mantidos, o governo de Fox deu por terminada a controvérsia com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e sugeriu que a Secretaria de Relações Exteriores ficará encarregada de discutir com Caracas a possibilidade de elevar o nível das relações. No entanto, o presidente mexicano tinha advertido na véspera que o México poderia romper definitivamente as relações se os "insultos" por parte de Chávez continuarem.
Lenha na fogueira
A controvérsia se intensificou na segunda-feira, quando Caracas rejeitou um ultimato lançado pelo México, que exigia desculpas pelo que considerou "insultos" lançados por Chávez contra Fox, que têm posturas divergentes diante da eventual criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). O presidente venezuelano, ferrenho opositor da Alca, disse que Fox era um "filhote do império" e "entreguista aos EUA", e no domingo advertira para que o presidente mexicano "não se metesse" com ele. "Mas é preciso virar a página, há coisas muito mais importantes a ver, (como) o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec), por exemplo", disse a diplomacia mexicana ontem.
Hoje Fox viaja à Coréia do Sul para participar da reunião de líderes da Apec e defender o livre comércio.
Tanto o embaixador mexicano em Caracas, Enrique Loaeza, quanto o venezuelano na Cidade do México, Vladimir Villegas, disseram ter sido bem tratados pelo povo dos países que vinham atuando.
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