O presidente mexicano, Felipe Calderón, aumentou na segunda-feira a pressão sobre os Estados Unidos para que controlem a demanda por drogas ilícitas, insinuando que a legalização delas poderia ser necessária para enfraquecer os cartéis do narcotráfico.
Dezenas de milhares de pessoas morreram no México desde que Calderón tomou posse, em dezembro de 2006, e mobilizou as Forças Armadas para combater o narcotráfico. Em discurso às entidades Sociedade das Américas e Conselho das Américas, em Nova York, o presidente mexicano disse que seu país está pagando o preço pela proximidade com os EUA, maior mercado consumidor de drogas ilícitas no mundo.
"Estamos vivendo no mesmo edifício. E nosso vizinho é o maior consumidor de drogas no mundo. E todos querem lhe vender drogas através das nossas portas e janelas", declarou.
"Devemos fazer de tudo para reduzir a demanda por drogas", acrescentou Calderón. "Mas se o consumo de drogas não puder ser limitado, então quem toma as decisões deve buscar mais soluções - incluindo as alternativas de mercado - para reduzir os lucros astronômicos das organizações criminais."
Ele não entrou em detalhes, mas as declarações parecem apontar para uma flexibilização na atitude de Calderón perante as regulamentações governamentais do mercado de drogas, o que poderia limitar o poder dos cartéis, ao cortar seus lucros.
Nos EUA, 16 estados e o Distrito de Columbia (onde fica a capital) já autorizam o uso medicinal da maconha, mas o governo federal não reconhece a autoridade dos Estados para isso, e considera ilegais os pontos de venda dessa droga.
A maconha está se convertendo na droga preferida dos adultos dos EUA enquanto o uso de metanfetaminas e cocaína está diminuindo, segundo uma recente pesquisa nacional.
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