Calderón: penas mais duras para conter a onda de violência| Foto: Tomas Bravo/Reuters

Cidade do México - O presidente mexicano, Felipe Calderón, que governa em meio a uma crescente onda de violência, fez um apelo ao Congresso ontem para que seja aprovada uma lei para sentenciar seqüestradores à prisão perpétua sem a concessão de liberdade condicional.

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O apelo de Calderón aconteceu dias depois que o corpo do filho de 14 anos de um magnata do varejo esportivo foi encontrado dentro de um carro na Cidade do México. O adolescente tinha sido seqüestrado havia mais de um mês e foi morto mesmo depois de sua família ter pago o resgate. Diversos policiais foram presos pelo seqüestro. "Não podemos permitir que o medo e o terror causados pelo crime organizado tomem conta do nosso país", disse Calderón a jornalistas. "Com esta reforma meu governo propõe elevar a pena máxima de prisão, e que em algumas modalidades de seqüestro se imponha como máxima a prisão perpétua", completou.

A iniciativa de Calderón estabeleceria a sentença de prisão perpétua em casos de crimes de seqüestros que terminam em morte ou particularmente brutais, e nos casos de seqüestros de menores.

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Calderón fez da luta contra o crime uma das bases de seu governo, desde que assumiu o cargo em dezembro de 2006, tendo espalhado milhares de tropas e policiais pelo país para perseguir membros de quadrilhas de narcotraficantes.

O presidente enviou uma proposta ao Senado mexicano em março de 2007 para aumentar as sentenças de crimes de seqüestro e agora quer que o Congresso reveja e aprove a proposta.

As atuais penas para sequestros variam dependendo do estado em que os crimes aconteceram, mas as sentenças máximas podem chegar a até 40 anos.