O presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, pediu neste domingo assistência financeira à comunidade internacional para superar os estragos causados pelo terremoto na Cachemira paquistanesa, onde cerca de 19 mil pessoas morreram, ao mesmo tempo em que alguns países começam a anunciar intenções de envio de ajuda.
- Esperamos ajuda internacional. Temos bastante recursos humanos mas precisamos de apoio financeiro para aplicá-lo de forma adequada e fazer frente a esta tragédia - disse Musharraf à agência estatal de notícias.
As chuvas e os deslizamentos de terra dificultam neste domingo o resgate das vítimas do terremoto que atingiu o sul da Ásia no sábado no Paquistão. A espera, agora, é pela chegada de ajuda internacional. Com milhares de pessoas sorretadas entre os escombros de milhares de edifícios na zona montanhosa e de difícil acesso, o Exército paquistanês assegurou que já foram mobilizados todos os efetivos do Estado, mas faltam recursos financeiros.
As regiões fronteiriças de Uri, Kupwara e Baramullah, no lado indiano da Cachemira foram as mais atingidas. Poucas horas após os abalos principais, fortes tremores secundários também atingiram as capitais do Paquistão, Índia e Afeganistão.
O acesso a muitas localidades não pode ser feito de carro em virtude de uma série de deslizamentos que bloquearam as vias, além dos tremores que causaram a interrupção das estradas após o terremoto de 7,6 graus na escala Richter, que atingiu a região da fronteira entre Paquistão e Índia.
- O número de mortos tende a aumentar devido à inúmeras áreas que estão inacessíveis por causa do mau tempo e das más condições das estradas - informou o porta-voz das Forças Armadas paquistanesas, general Shaukat Sultan.
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