O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, defendeu nesta segunda-feira (23) a resposta do governo, muito criticada, às enchentes que atingiram o país. Enquanto isso, equipes socorristas trabalhavam na construção de um sistema de diques para proteger duas cidades na província do Sind, no sul do país. As enchentes, que já duram quase um mês, afetaram mais de 17,2 milhões de pessoas, segundo as Nações Unidas. Cerca de 1,5 mil pessoas morreram, a maioria nos primeiros três dias das enchentes, embora a crise continue a se agravar.

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Zardari disse que a raiva contra o governo é inevitável, dada a escala do desastre, e comparou as críticas ao que ocorreu nos Estados Unidos logo após o furacão Katrina ter devastado Nova Orleans em 2005. "Haverá descontentamento, não existe nenhuma nação, mesmo uma superpotência, que possa proporcionar o nível de satisfação próximo às expectativas do povo", disse Zardari na capital, Islamabad. "Certamente, tentaremos atender essas expectativas na medida em que pudermos."

Até agora, as enchentes destruíram ou danificaram 1,2 milhão de casas. Na província do Sind, soldados construíam diques e barreiras para evitar que as águas cobrissem as cidades de Qambar e Shadad Kot. "Esse é o último esforço para salvar a cidade", afirmou o brigadeiro Khawar Baig. "Tentamos bloquear a água. Se ela atravessar a proteção irá para o sul e inundará ainda mais cidades." Cerca de 90% dos 350 mil moradores de Shadad Kot já fugiram da cidade.

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