O presidente sírio, Bashar al-Assad, conquistou 97,62% dos votos em um referendo que confirmou seu segundo mandato de sete anos, disse nesta terça-feira (29) o ministro do Interior Bassam Abdel Majeed.

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Assad foi o único candidato do referendo de domingo, amplamente visto como uma formalidade. Os partidos de oposição, que não têm existência legal na Síria, boicotaram a consulta para renovar o mandato presidencial.

A taxa de participação foi de 95,86%, o que representa 11,19 milhões de eleitores, disse o ministro. Um total de 19.653 pessoas, ou seja 1,71% dos eleitores, votaram contra a renovação do mandato de Assad e 253.000 cédulas foram anuladas.

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"Esse grande consenso mostra a maturidade política da Síria e o brilho de nossa democracia e do sistema multipartidário", afirmou Abdel Majeed a repórteres."Houve casos de repetição de votos, mas nós os pegamos ao revisar as listas de eleitores", disse ele em resposta a questões sobre a possibilidade de adulteração de votos.

O presidente de 41 anos teve 97,29% dos votos quando sucedeu seu pai, Hafez al-Assad, sete anos atrás.

Bashar controla o partido governista Baath, o qual subiu ao poder após um golpe em 1963. Legendas associadas ao Baath são os únicos grupos políticos que têm permissão para existir legalmente.

Sete anos

Segundo a Constituição, o Parlamento deve proclamar oficialmente Bachar al-Assad presidente da Síria por um novo mandato de sete anos.

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No dia 10 de maio, o Parlamento aprovou por unanimidade a candidatura de Bachar al-Assad, designado pelo poderoso partido Baath, no poder desde 1963.

Ao assumir o poder, Bachar al-Assad gerou esperanças no que diz respeito a uma liberalização do sistema político em um país governado com mão-de-ferro há 30 anos.

Porém, depois de um período de relativa liberdade de expressão, dez opositores foram detidos em 2001 e nos últimos meses foram decretadas várias condenações.

Questionado sobre uma eventual anistia dos presos políticos, o ministro do Interior afirmou que a decisão correspondia ao próprio presidente.

No exterior, em 2003, Assad teve que enfrentar a derrubada por parte das tropas americanas do regime baathista no vizinho Iraque.

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O regime sírio foi abalado pelo assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, em 2005, crime pelo qual a Síria foi acusada. Poucos meses depois decidiu retirar suas tropas do Líbano sob a pressão internacional.