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Políticos em apuros

Presidente e ministros da França recebem ameaça de morte

Sarkozy recebeu ameaça de morte. Investigadores acreditam que cartas foram feitas por pessoal mentalmente instável | Philippe Wojazer / Reuters
Sarkozy recebeu ameaça de morte. Investigadores acreditam que cartas foram feitas por pessoal mentalmente instável (Foto: Philippe Wojazer / Reuters)

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e vários ministros e políticos receberam envelopes com ameaças de morte e balas de pistola, disse uma fonte judicial nesta terça-feira (3).

Nas últimas duas semanas, os políticos têm recebido envelopes de papel pardo com balas de pistola 9mm e letras idênticas de um remetente anônimo, que ameaça com frases como "vocês todos são mortos que estão andando", afirmou a fonte.

A unidade antiterrorista da Procuradoria de Paris e policiais antiterror de Paris e do distrito de Herault, no sudoeste, estão investigando as ameaças.

Não houve comentários do gabinete de Sarkozy ou de seus ministros.

A última pessoa a receber uma das cartas foi o ex-premiê Alain Juppe, que agora é prefeito de Bordeaux, no sudoeste da França.

"Não estou preocupado. É tarefa da polícia analisar as provas e tomar as medidas necessárias", disse Juppe a repórteres.

Entre outras ameaças, as cartas dizem: "Vocês acham que têm o controle de suas vidas, mas não. Suas vidas e as vidas das suas famílias estão em nossas mãos."

Não ficou claro se o autor tinha alguma demanda específica, ou se defendia alguma causa.

A fonte judicial em Paris afirmou ainda que os gabinetes de Sarkozy, da ministra da Justiça Rachida Dati e da ministra do Interior Michele Alliot-Marie receberam as cartas. Entre outros políticos que foram alvo estão parlamentares do partido de Sarkozy, o UMP, no sudoeste da França.

O promotor-chefe de Bordeaux, Claude Laplaud, disse a jornalistas que ainda não há conclusões claras. Ele afirmou que os investigadores consideram a possibilidade de que as cartas tenham sido feitas por uma pessoa mentalmente instável.

Juppe disse que apresentou uma denúncia formal à polícia porque faz parte do procedimento normal, mas que não está pedindo proteção extra.

"Não vou mudar meus planos. Se você começa a ler cartas anônimas quando está na política, você nunca conclui nada", afirmou.

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