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Santiago (Reuters) – A presidente eleita do Chile, Michelle Bachelet, apresentou os nomes dos 20 ministros que integrarão seu gabinete de governo e compõe-se de um número igual de homens e mulheres, como a candidata havia prometido em sua campanha. Para o cargo de ministro da Fazenda, ela escolheu o economista Andrés Velazco, um professor de Harvard que foi seu principal assessor nessa área. Como chanceler, a presidente eleita nomeará o experiente ex-senador e ex-ministro democrata-cristão Alejandro Foxley. "Esse gabinete dá um passo histórico em matéria de igualdade entre homens e mulheres", disse ela ao explicar as regras pelas quais se pautou para formar seu governo.

Bachelet e seus ministros assumirão seus postos no dia 11 de março. No total, dez ministérios estão nas mãos de mulheres e dez, nas de homens (veja quadro ao lado). A futura líder chilena pretende criar ainda mais duas pastas durante seu mandato de quatro anos: uma do Meio Ambiente e outra da Segurança Pública. Entre os ministérios a serem comandados por mulheres destaca-se a pasta da Defesa, que ficará sob comando de Vivianne Blanlot, ex-secretária-executiva da Comissão Nacional de Energia. Esse é o mesmo cargo que Bachelet ocupou antes de candidatar-se à Presidência.

Bandeira

A futura líder chilena, uma pediatra de 54 anos que partiu para o exílio após ser torturada durante a ditadura comandada pelo general Augusto Pinochet (1973–1990), combate intensamente a discriminação contra as mulheres no mundo do trabalho.

A presidente eleita, integrante da coalizão de centro-esquerda Concertación, também incorporou em seu gabinete Ricardo Lagos Weber, filho do atual presidente chileno, Ricardo Lagos, que deixa o poder com um índice de aprovação beirando os 70%. Lagos Weber, o filho, será ministro do secretariado-geral do Governo. Bachelet é a primeira mulher da história chilena a comandar o país. A candidata derrotou o direitista Sebastián Piñera nas eleições de 15 de janeiro. Desde a retomada da democracia no Chile, em 1990, após 17 anos de ditadura, os três presidentes que estiveram no comando do país pertencem à Concertación.

Entre os novos ministros, Bachelet também optou por colocar políticos tradicionais, como o ex-presidente do Senado e ex-ministro democrata-cristão Andrés Zaldívar, que assumirá a pasta do Interior. Segundo Bachelet, seu ministério combina "novidade e experiência".

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