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Prestes a assumir o governo de Honduras, o presidente eleito Porfírio Pepe Lobo busca o apoio político para evitar a contaminação da crise na sua gestão. A tensão política em Honduras começou com o golpe de Estado, em 28 de junho, e até hoje continua sem solução. Em novembro, Pepe Lobo foi eleito, mas o Brasil e outros países da região não reconhecem como legítimas as eleições.

Há três semanas de sua posse, Pepe Lobo intensificou as negociações políticas. Segundo auxiliares, ele se reuniu com os presidentes da Guatemala, Álvaro Colom; de El Salvador, Maurício Funes, e do Panamá, Ricardo Martinelli. A interlocutores, o presidente eleito teria afirmado que quer conversar com os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Nicarágua, Daniel Ortega. O Brasil não foi mencionado.

Nesta semana está em Tegucigalpa, capital de Honduras, o subsecretário adjunto para o Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos, Craig Kelly, que tenta um acordo para o fim do impasse que já dura seis meses e meio.

O presidente de fato, Roberto Micheletti, tem dado inúmeras demonstrações de que não pretende renunciar antes do dia 27 data da posse de Pepe - em favor do presidente deposto, Manuel Zelaya. A renúncia poderia facilitar o fim da crise e a busca por uma solução para um eventual acordo entre as partes.

Setores da Organização dos Estados Americanos (OEA) defendem que Micheletti renuncie para facilitar as negociações externas em favor de Pepe Lobo.

Há cerca de quatro meses Zelaya, sua mulher e um grupo de correligionários estão instalados na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. O local é guardado por um forte esquema de segurança mantido pelo governo de Micheletti. O presidente deposto não pode deixar a representação diplomática sob ameaça de ser preso.

O apoio a Zelaya foi reiterado repetidas vezes pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus assessores. Os governos do Brasil, da Argentina, do Paraguai, da Venezuela e da Nicarágua resistem em reconhecer a legitimidade das eleições que deram a vitória a Pepe Lobo.

Porém, os Estados Unidos, o Peru, o Panamá e a Costa Rica afirmam que o processo eleitoral transcorreu seguindo as normas e princípios democráticos e, portanto, deve haver o reconhecimento.

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