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Soldados franceses das Nações Unidas fazem patrulha pelas ruas da cidade marfinense de Abdijã | Luc Gnago/|Reuters
Soldados franceses das Nações Unidas fazem patrulha pelas ruas da cidade marfinense de Abdijã| Foto: Luc Gnago/|Reuters

O front

Residência oficial marfinense está cercada por tropas destacadas pelo presidente eleito

1.000 homens se mantêm leais ao presidente de fato, Laurent Gbagbo.

200 deles estão entrincheirados com o líder num bunker na residência oficial.

2.000 homens formam as forças do presidente eleito, Alassane Ouattara.

2.500 soldados da missão de paz da ONU, de um total de 10 mil no país, estão em Abidjã.

1.700 soldados franceses são mantidos na Costa do Marfim.

Fonte: Folhapress

São Paulo - Em pronunciamento à tevê estatal, o presidente eleito da Cos­­ta do Marfim, Alassane Ouat­­tara, disse ontem que ordenou um blo­­queio militar em torno da casa do líder Laurent Gbagbo, que se recusa a dei­­xar o poder, e prometeu um "re­­torno gradual à nor­­ma­­lidade" e a "retomada das ati­­vi­­dades econômicas" no país a par­­tir de amanhã.

Em meio ao impasse político que se arrasta no país africano desde novembro de 2010, quando venceu a eleição presidencial, Ouattara disse que a residência onde Gbagbo está refugiado num bunker está cercada por um bloqueio militar para ga­­rantir a segurança da cidade de Abidjã.

O discurso de Ouattara chegou horas após o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pe­­dir que Gbagbo, refugiado num bunker na residência oficial, re­­nuncie antes que seja tarde de­­mais, e entregue o poder a Ouat­­tara.

"É absolutamente necessário que, a esta altura, ele ceda seu po­­der ao democraticamente eleito Ouattara, antes de que seja muito tarde", afirmou Ban, acrescentando que esta é "sua última oportunidade para sair disso com dignidade".

Os comentários de Ban foram feitos depois que ele se reuniu com alguns senadores americanos e que um funcionário da ONU declarou que Gbagbo estava ainda em contato com representantes internacionais para discutir uma possível renúncia.

Ataques

O ultimato do chefe da ONU che­­ga também após relatos de que as forças leais a Ouattara voltaram a atacar a residência de Gbagbo, cuja saída do poder é "irremediável", segundo o governo francês.

Fontes do Estado-Maior de Ouat­­tara informaram que, após um fracassado ataque à residência de Gbagbo anteontem, onde o atual governante se refugia com sua família, foi lançada ontem uma nova tentativa com artilharia pe­­sada contra o local. O objetivo da ofensiva continua sendo retirar Gbagbo do local para permitir a Ouattara que tome posse de seu cargo de chefe de Estado.

Enquanto isso, as companhias de eletricidade e água marfinenses emitiram um comunicado de imprensa para solicitar paciência aos cidadãos, já que o abastecimento foi prejudicado pelos combates das últimas semanas.

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