Preparação
Poroshenko pede tempo à União Europeia para fazer acordo
Agência Estado
O presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse ontem aos líderes da União Europeia (UE) que precisa de algum tempo antes de se comprometer com um acordo político e econômico.
Autoridades europeias acreditam que não há evidências, no entanto, de que Poroshenko está declinando de um possível acordo e ainda esperam que as conversas evoluam nos próximos dois meses. A mensagem do bilionário ucraniano, empresário do setor de chocolates, foi objetiva ao deixar ao deixar claro que a Ucrânia só vai negociar quando estiver pronta.
O acordo bilateral transformaria os laços mais próximos entre Kiev e a UE. No ano passado, esse mesmo estágio de negociações foi o estopim para o começo da crise no país, quando o presidente deposto Viktor Yanukovich abandonou as conversas por pressão de Moscou.
57% dos votos foram favoráveis a Poroshenko na eleição presidencial da Ucrânia. No começo da semana, ele já conversou separadamente com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e com Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu.
O presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, mudou o discurso inicial que prometia o diálogo e possíveis negociações e afirmou que fará retaliações contra rebeldes pró-russos no leste do país para pôr fim ao "horror, a real guerra que está sendo travada contra nosso país".
Durante entrevista a um jornal alemão, Poroshenko prometeu reagir até que os conflitos cheguem ao fim. "Estamos em um estado de guerra no leste. A Crimeia já foi ocupada pela Rússia e há uma enorme instabilidade. Temos de reagir".
Enquanto não toma posse no cargo de presidente, o empresário do setor de chocolate está em contato próximo com o governo interino para articular a chamada "operação antiterrorista" contra os insurgentes. Sobre as relações com a Rússia, Poroshenko disse que "não tem dúvida de que o presidente Vladimir Putin poderia acabar com os conflitos apenas com sua influência".
Na mesma entrevista ao jornal Bild Zeitung, o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, disse que o governo está oferecendo anistia para os separatistas pró-russos que voluntariamente entregarem as armas. Em tom de ameaça, Yatsenyuk reforçou o discurso do presidente eleito e afirmou que os manifestantes que continuarem a cometer infrações penais "vão ter uma resposta legítima" por parte dos militares.
Rússia
Enquanto a Ucrânia promete forte retaliação aos rebeldes, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, reforçou a recomendação para o fim dos exercícios militares ucranianos. Lavrov reiterou que a Ucrânia precisa de uma reforma constitucional para estabilizar a situação. Também defendeu novamente a federalização das regiões.
Convite
Em um tom diplomático, o presidente da França, François Hollande, planeja convidar Petro Poroshenko e o presidente russo Vladimir Putin para as comemoração de junho da Segunda Guerra Mundial, no 70.º aniversário do desembarque das forças aliadas em Normandia. Seria uma tentativa para negociar as tensões no Leste Europeu. Em discurso, Hollande novamente pediu à Rússia para cooperar com Poroshenko e continuar a retirada de suas tropas da fronteira ucraniana.
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