O presidente eleito do Uruguai, Yamandú Orsi, não descartou convidar o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, para sua posse em 1º de março de 2025.
Segundo informações da agência Reuters, Orsi disse numa coletiva de imprensa na quarta-feira (27) em Montevidéu que “as relações são entre Estados, não entre presidentes”.
“Teremos que ver, ainda há tempo. Espero que tudo se resolva para que todos os países sejam convidados [para a posse]”, acrescentou.
Orsi, da esquerdista Frente Ampla, disse durante a campanha que “a Venezuela é uma ditadura” e também questionou a lisura da eleição de julho no país caribenho, fraudada para manter Maduro no poder, mas partidos dentro da sua coalizão discordaram dele.
O Movimento de Libertação Nacional, partido que surgiu do grupo guerrilheiro Tupamaros, chamou a fraude venezuelana de “ato eleitoral exemplar”, enquanto o líder do Partido Comunista, Rony Corbo, disse em entrevista à Rádio Carve que a “vitória” de Maduro foi “legítima”.
O atual presidente do Uruguai, o conservador Luis Lacalle Pou, considera que o oposicionista Edmundo González venceu a eleição presidencial venezuelana.
Seu correligionário e candidato à presidência derrotado no domingo passado (24) por Orsi, Álvaro Delgado, havia afirmado que convidaria González para sua posse caso fosse eleito.
A Plataforma Unitária Democrática (PUD), coalizão de González, afirmou na segunda-feira (25) no X que espera que o futuro governo Orsi ajude a “consolidar a transição pacífica” na Venezuela e que “os venezuelanos continuam a lutar pela liberdade e pela verdadeira democracia em nosso país”.
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