O presidente da França, François Hollande, participou ontem da coletiva anual de imprensa e, embora tenha preferido discutir política e economia, precisou responder sobre seu suposto caso com a atriz Julie Gayet.
Sob pressão em sua primeira aparição pública desde que a revista Closer publicou fotografias suas chegando na garupa de uma motocicleta ao apartamento da atriz, Hollande afirmou que está passando por "momentos difíceis", evitou falar sobre sua vida pessoal e prometeu esclarecer a situação antes de sua viagem para os Estados Unidos no início do mês que vem.
A companheira do presidente, a jornalista Valerie Trierweiler, está hospitalizada desde a última sexta-feira, quando as imagens foram publicadas. Após seu discurso sobre economia e política, o presidente francês foi pressionado a dizer se Trierweiler vai continuar sendo primeira-dama. "Todo mundo passa por problemas em sua vida pessoal, este é o nosso caso", respondeu Hollande.
Sobre a reportagem, o presidente disse que sua "indignação é total" e classificou a matéria como "violação da liberdade pessoal", mas não confirmou se a reportagem é verdadeira. O presidente, no entanto, não descartou a possibilidade de processar a revista.
Primeira-dama
A revelação do suposto caso de Hollande põe em questão se uma complexa vida pessoal pode ser privada para alguém que anda 24 horas com guarda-costas e levanta questões sobre o papel da primeira-dama na França. Trierweiler é a primeira pessoa a ocupar o posto sem ser casada com o presidente.
Hollande prometeu esclarecer a situação e acrescentou que os gastos do governo como o posto devem ser públicos e os "menores possíveis". Não existe status formal de primeira-dama na França, mas na prática elas possuem escritório e um pequeno grupo de funcionários no palácio presidencial.