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O líder de interino de Honduras tentou persuadir os líderes mundiais na segunda-feira de que não chegou ao poder com um golpe, em meio a sinais de que o apoio dos Estados Unidos ao presidente deposto, Manuel Zelaya, pode estar diminuindo.

A resposta internacional à deposição de Zelaya (de esquerda), ocorrida em 28 de junho, foi de condenação praticamente unânime e as exigências para que ele volte ao poder embaraçam o governo de facto e seus simpatizantes.

Na tentativa de equilibrar a opinião mundial e mesmo evitar sanções mais duras dos EUA, o presidente interino, Roberto Micheletti, escreveu um artigo no Wall Street Journal na segunda-feira argumentando que a deposição de Zelaya foi legal e não um golpe.

"A verdade é que ele foi removido por um governo civil democraticamente eleito porque os ramos do Judiciário e do Legislativo independentes de nosso governo consideraram que ele violou nossas leis e a Constituição", disse Micheletti, escolhido pelo Congresso para liderar o país horas depois da deposição de Zelaya.

O presidente deposto está no exílio na Nicarágua, país vizinho a Honduras, e percorreu alguns passos em solo hondurenho na fronteira na sexta-feira, num gesto criticado pelo governo norte-americano como "precipitado".

Zelaya pediu que o presidente Barack Obama imponha sanções mais agressivas contra o governo de Micheletti, mas também disse que planeja retornar ao país, mesmo sem um acordo negociado.

"A democracia internacional tem seus limites. Ela funciona até certo ponto. Nós, hondurenhos, vamos resolver os problemas de Honduras", disse ele aos jornalistas na cidade de Ocotal, no norte da Nicarágua.

Seus simpatizantes na capital Tegucigalpa disseram ter planejado "atos de resistência" na segunda-feira, quando o Congresso deve avaliar e debater uma proposta de solução negociada para a crise.

É improvável que o Congresso apóie o plano como ele está agora, pois o documento inclui o retorno de Zelaya à presidência.

Governos da América Latina e dos EUA exigiram que Zelaya seja reinstalado no poder e Obama cortou 16,5 milhões de dólares em auxílio militar para Honduras, mas Zelaya diz que Washington não está fazendo o suficiente para condenar os responsáveis pelo golpe.

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