Teerão O secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, disse que o Irã reafirmou seu compromisso em apoiar a resolução da ONU sobre o cessar-fogo no Líbano.
Annan, que concedeu uma entrevista coletiva após encontrar-se com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, em Teerã, também disse que o país está preparado para discutir seu programa de enriquecimento de urânio, mas que não suspenderia os trabalhos antes das negociações.
O secretário geral da ONU também falou sobre o Holocausto, dizendo que é um fato que deve ser aceito. A referência foi feita por causa da afirmação do presidente iraniano de que o holocausto é um "mito".
Annan chegou a Teerã no sábado para conversar com Ahmadinejad e outras autoridades iranianas, mas acabou não se encontrando com o líder supremo Ali Khamenei, como era esperado.
Kofi Annan disse que o presidente iraniano garantiu que o país vai apoiar a resolução 1701 da ONU, que serve como base para o cessar-fogo que encerrou o conflito de 34 dias entre Israel e o grupo militante libanês Hezbollah.
O Irã é um dos principais aliados do Hezbollah e é acusado de ter fornecido ao grupo armas que seriam usadas contra Israel.
Annan disse que Ahmadinejad concordou em "fazer tudo para reforçar a integridade territorial do Líbano, a independência do Líbano e trabalhar junto para a reconstrução do Líbano."
O representante da ONU também disse que o Irã é um importante protagonista regional e que o presidente garantiu a ele que desempenharia este papel.
A questão do Holocausto também foi abordada durante a visita de Annan.
O Irã disse que seguiria em frente com a promoção de uma conferência sobre evidências científicas sobre o Holocausto, classificando-o de exagerado.
Annan lembrou da polêmica sobre as caricaturas do profeta Maomé, que provocaram revolta entre os muçulmanos.
Ele disse que a questão das caricaturas mostrou que a liberdade de expressão deve ser "exercida com responsabilidade, sensibilidade e discernimento".
Annan acrescentou: "Acho que a tragédia do Holocausto é um fato histórico triste e inegável e, portanto, nós realmente deveríamos lidar com isso."
"Nós temos de ser cuidadosos. Palavras podem apaziguar e palavras podem prejudicar, e nós deveríamos ser cuidadosos para não dizer nada que seja usado como uma desculpa para incitar ódio e violência."
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo