O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse neste sábado (17) que o novo comando militar do país manterá a ofensiva contra os grupos fora da lei para poder chegar a um acordo de paz com as Farc.
"Toda guerra termina com acordos, em diálogo com o inimigo; espero que possamos terminar esta guerra o mais breve possível, mas para terminá-la é necessário continuar a ofensiva, porque é a forma de liquidar em breve este conflito", disse Santos durante ato de transmissão de comando da cúpula militar.
O presidente disse que o país não pode baixar a guarda diante de grupos ilegais, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), com quem o governo negocia em Cuba um acordo de paz, "porque se baixarmos, o conflito se prolonga e não quero prolongá-lo, mas finalizá-lo porque o país não quer mais sangue".
Conflito
O chefe das Farc, Rodrigo Londoño Echeverry, conhecido como "Timochenko", rejeitou esta semana declarações do presidente e do ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, no sentido que continua sendo "um alvo de alto valor" militar, que o presidente afirmou não contribuírem para os diálogos de paz, e esclareceu que essas foram as condições nas quais foi permitido negociar.
"Essas foram as condições desde o primeiro dia em que iniciamos estes diálogos: não vai ter cessar fogo, não vamos baixar a guarda até o dia em que assinarmos o acordo. Eu sou o mais interessado em que assinemos um acordo o mais breve possível porque assim poderemos salvar muitas vidas", acrescentou Santos.
Comando
A nova hierarquia militar, nomeada na última segunda-feira (12) por Santos, é liderada pelo general Leonardo Barrero, que assumiu como comandante das Forças Militares, e na chefia do Estado-Maior Conjunto fica o general Hugo Acosta.
No comando do Exército assumiu o general Juan Pablo Rodríguez, na Força Aérea o general Guillermo Leão, e na Armada Nacional, o comandante é o vice-almirante Hernando Wills.