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Posse

Presidente quer legalização da coca

Washington (EFE) – Não haverá lua-de-mel entre a Bolívia e os EUA no Governo de Evo Morales. As duas principais promessas eleitorais do indígena, ex- líder dos plantadores de coca bolivianos, vão contra a política de Washington: a legalização do cultivo da coca e mais controle pelo Estado dos hidrocarbonetos, que são a grande riqueza do país. Por ideologia, Washington se opõe à intervenção estatal no setor energético, mas suas empresas têm menos interesses na Bolívia que as de Brasil, Argentina e Espanha. Por isso, o ponto central de tensão com La Paz, de acordo com os analistas, deverá ser a coca.

Até agora, a Casa Branca falou pouco. Na sexta-feira, o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, disse que espera que Morales mantenha a cooperação na luta contra os narcóticos. "Faremos uma avaliação de que tipo de relação terão os EUA e a Bolívia com base na política que ele decidir seguir", declarou o porta-voz. Atualmente, segundo cálculos dos analistas, a Bolívia recebe de Washington US$ 150 milhões por ano para a erradicação dos cultivos de coca e a luta contra o narcotráfico.

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