Medo
Atentados e ameaças viram rotina
Da Redação com agências
No mesmo dia em que o presidente Dmitri Medvedev visitou o Daguestão, um carro-bomba matou ao menos duas pessoas na república onde concentram insurgentes. Na quarta-feira, dois atentados deixaram 12 mortos na região.
O medo do ataques terroristas chegou também a São Peterbusgo, a segunda maior cidade da Rússia. Passageiros e funcionários de duas estações de trem foram retirados às pressas após ameaça de bomba.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) afirmou ter detido suspeitos relacionados com os ataques a bomba em Moscou e no Daguestão, com saldo de 51 mortos, e identificou uma das duas mulheres-bomba responsáveis pelo duplo atentado no metrô da capital. O nome da acusada não foi divulgado.
Em visita ao norte do Cáucaso, foco de movimentos insurgentes como o que assumiu a autoria dos atentados que mataram 39 em Moscou na segunda-feira, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, fez ontem duras ameaças aos terroristas. Em Makhachkala, a capital de uma das repúblicas da região, o Daguestão, palco de novos ataques na quarta-feira e ontem, Medvedev exortou as forças de segurança a usar medidas "mais cruéis na luta à "escória responsável pelos recentes ataques.
O presidente russo enumerou as ações que devem ser adotadas. "Precisamos dar punhaladas precisas nos terroristas, destruí-los, destruir suas tocas. Nós já arrancamos as cabeças dos mais odiosos bandidos, porém, claramente, não foi o suficiente. Neste caso, nós os encontraremos e os puniremos.
Medvedev listou ainda outras medidas necessárias, segundo ele, para obter êxito no combate ao terror. "Nós precisamos ajudar aqueles que desistirem do terrorismo; precisamos fortalecer os aspectos morais e espirituais e fortalecer as agências de aplicação da lei, o Ministério do Interior, o Serviço Federal de Segurança e as cortes".
Medvedev também defendeu que "os países que lutam atualmente contra o terrorismo devem decidir os métodos aceitáveis na luta antiterror.
Os ataques ao metrô de Moscou feitos por duas mulheres-bomba foram os piores em seis anos e levaram à elite a violência da insurgência islâmica que cresceu no norte do Cáucaso na última década, após a luta liderada por Putin contra o separatismo checheno.
O rebelde checheno Doku Umarov assumiu anteontem a autoria da ação em Moscou. O seu grupo, Emirado do Cáucaso, quer a união das repúblicas da região, inclusive Chechênia e Daguestão, num Estado islâmico.
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Procurado
O líder separatista da Chechênia Doku Umarov é um dos responsáveis por atentados na Rússia.
1964 Umarov nasce na vila de Kharsenoi, no sul da Chechênia.
Anos 1980 Gradua-se engenheiro civil pelo Instituto do Petróleo de Grozny.
Anos 1990 Participa das duas guerras na Chechênia lutando contra a Rússia.
2006 Umarov se declara presidente da "República Chechena da Ichkeria", após o líder checheno Abdul Khalim Sadulayev ser morto durante batalha contra as forças russas.
2009 Grupo de Umarov assume responsabilidade por três atentados cometidos em Moscou, São Petersburgo e outras cidades, deixando mais de 100 mortos.
Fonte: Reuters
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