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Reaproximação

Presidentes do Irã e dos EUA se falam pela 1.ª vez desde a Revolução Islâmica

Presidente Hassan Rouhani participa de coletiva de imprensa em Nova York, às margens da Assembleia Geral da ONU | Adrees Latif/Reuters
Presidente Hassan Rouhani participa de coletiva de imprensa em Nova York, às margens da Assembleia Geral da ONU (Foto: Adrees Latif/Reuters)
Para Obama, contato com o líder iraniano poderá levar a um acordo ligado à questão nuclear |

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Para Obama, contato com o líder iraniano poderá levar a um acordo ligado à questão nuclear

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do Irã, Hassan Rouhani, conversaram ontem por telefone, no contato de mais alto escalão entre os dois países em três décadas. O fato mostra interesse de ambos os lados em chegar a um acordo sobre o programa nuclear iraniano.Obama, que manifestou enquanto candidato presidencial em 2007 sua vontade de ter contato direto com adversários dos EUA, tinha a expectativa de se reunir nesta semana com Rouhani durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mas o Irã considerou que isso traria complicações políticas domésticas.

Ontem, porém, iranianos disseram que Rouhani, que é fluente em inglês, estava interessado em uma conversa por telefone antes de deixar os EUA, de acordo com uma autoridade do governo, e a Casa Branca rapidamente organizou o telefonema que ocorreu às 14h30 (15h30 em Brasília) e durou cerca de 15 minutos.

Falando a repórteres, Obama disse que os dois presidentes orientaram suas equipes a trabalharem expeditamente no sentido de um acordo para a questão nuclear. Ele afirmou que se tratava de uma oportunidade única para fazer progresso com Teerã sobre uma questão que tem isolado a República Islâmica do Ocidente.

"Embora seja certo que haverá obstáculos importantes para avançar e o sucesso não esteja nada garantido, acredito que podemos atingir uma solução abrangente", disse Obama na Casa Branca. "Então o teste serão ações significativas, transparentes e verificáveis, o que também pode trazer alívio das sanções internacionais abrangentes atualmente em vigor [contra o Irã]".

Os EUA e seus aliados acusam o Irã de tentar desenvolver armas atômicas, algo que Teerã nega, insistindo que o objetivo do seu programa nuclear é apenas gerar energia com finalidades civis.

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