Lima O ex-presidente peruano Alberto Fujimori, 69 anos, passou a primeira noite de seu retorno ao país sob a vigilância severa da polícia peruana e em meio a crises de hipertensão moderada. Também recebeu visitas de sua filha, a congressista Keiko Fujimori, e aliados políticos.
Fujimori passou sua primeira noite em um quartel, num quarto de 15 metros quadrados com vidros blindados e reforçados com cimento armado. A cela fica no quartel da Direção de Operações Especiais da Polícia Nacional, organismo criado em 1987 para cuidar de missões policiais de alto risco. Ele é vigiado por agentes do Instituto Nacional Penitenciário, junto a 78 especialistas em operações especiais, cuja responsabilidade é manter o setor isolado e vigiar o extraditado.
Keiko Fujimori, 33 anos, grávida de seis meses, visitou o pai ontem e trouxe alimentos, em sua segunda visita, após um contato rápido no sábado.
O ex-advogado e congressista Rolando Souza, que visitou o ex-presidente, disse que a primeira noite de Fujimori foi calma, mas que ele recebeu um "tratamento abusivo" durante sua chegada.
"É abusivo que, após nove horas de vôo, sem alimentos, o ex-presidente seja obrigado a dar uma primeira declaração geral, que poderia ser postergada para o dia seguinte", afirmou ele, dizendo que, no total, foram cinco horas de trâmites burocráticos após a chegada de Fujimori ao quartel.
Os médicos que examinaram o ex-presidente peruano declaram que ele está em boas condições de saúde, mas pessoas próximas da família de Fujimori afirmaram que foram requeridos novos exames.
A fonte, que falou sob condição de anonimato, disse que a família traria hoje um equipe de médicos para examinar o ex-presidente e que não estava descartada um eventual translado para um centro médico.
Efetivamente, o Ministério da Justiça peruana informou que Fujimori teve quadros de "hipertensão moderada" durante a madrugada, mas foram controlados.
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