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oriente médio

Preso palestino abandona greve de fome e será liberado em duas semanas

O preso palestino Khader Adnan abandonou neste domingo (28) uma greve de fome de 56 dias após conseguir um acordo com Israel para ser posto em liberdade no dia 12 de julho, informaram fontes palestinas à Agência Efe.

“O acordo foi fechado nesta noite. Sua mãe e sua mulher estão com ele no quarto e estão alimentando Adnan”, disse Amyad Abu Asab, presidente do Clube de Parentes de Presos Palestinos de Jerusalém.

Adnan se encontra internado no hospital Asaf Harofe, ao sudeste de Tel Aviv, onde está em estado crítico há algumas semanas, mas consciente.

Ao observar o estado de saúde do marido pela primeira vez em semanas, Randa Moussa e outros parentes anunciaram neste domingo que se juntariam à greve de fome.

“Ele foi preso sem nenhum motivo e sem acusações. Estava muito mal e magro porque se negou a tomar remédios”, explicou Moussa à imprensa local no hospital. Segundo ela, Adnan “estava em situação crítica e ainda está”.

Adnan, que permanece em prisão administrativa (sem acusações) desde julho de 2014, entrou em greve de fome em protesto por sua situação, há quase dois meses só ingeria água sem sais, açúcar ou vitaminas e também rejeitava ser submetido a exames médicos.

O preso já tinha sido detido por Israel outras nove vezes, sempre sob a condição de “prisão administrativa”, na qual pode permanecer detido por períodos prorrogáveis de seis meses, sem saber do que é acusado e sem que se apresentem acusações contra ele.

O caso de Adnan é um dos mais conhecidos entre os cerca de 5.000 palestinos que cumprem pena em prisões israelenses ou estão sob prisão administrativa, não só pela quantidade de vezes que foi detido mas também porque em 2012 realizou uma greve de fome de 66 dias que foi acompanhada por centenas de presos para exigir o final deste tipo de reclusão.

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