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Terrorismo

Preso, suspeito egípcio nega atuação nos ataques a Londres

Londres (Das agências internacionais) – Os investigadores tentam determinar se há um elo entre os terroristas de Londres e uma célula paquistanesa da rede terrorista Al Qaeda, informou ontem o chefe da polícia londrina. Também ontem, a polícia egípcia prendeu Magdy El-Nashar, um bioquímico suspeito de ter participado dos ataques. Segundo Ministério do Interior do Egito, El-Nashar nega as acusações. O chefe da Scotland Yard, Ian Blair, disse que as autoridades estão caçando os organizadores do ataque perpetrado por quatro suicidas, classificados pelo comissário como "infantaria", e confirmou que o foco da investigação agora é a conexão paquistanesa. Blair disse à rádio pública BBC que a polícia acredita que chegará a ligar a Al Qaeda aos ataques de 7 de julho, que mataram pelo menos 54 pessoas. Ao contrário de outros grandes ataques cometidos contra alvos ocidentais, em que os terroristas costumam usar bombas conectadas a detonadores acionados à distância, foram homens-bombas que perpetraram os ataques a um ônibus e a três pontos do metrô de Londres.

No Egito, o Ministério do Interior informa que El-Nashar foi detido para interrogatório. O egípcio, que estudou em universidades nos EUA e na Inglaterra, disse estar de férias e que pretende voltar ao Reino Unido para completar seus estudos. "El-Nashar nega qualquer envolvimento com os recentes eventos em Londres", disse o informe do ministério. "Ele disse aos interrogadores que todos os seus pertences continuam em seu apartamento na Grã-Bretanha".

Na cidade inglesa de Leeds, as autoridades revistaram o apartamento do suspeito. O prédio em que fica o apartamento de El-Nashar foi isolado pela polícia e cercado por andaimes. Equipes de perícia convergem para o local. Detetives no local encontraram sinais de que alguma quantidade de uma substância chamada TATP, ou triperóxido de triacetona, havia sido convertida em explosivo, de acordo com o jornal The Times.

O explosivo é do mesmo tipo usado por Richard Reid, que embarcou com um sapato-bomba num vôo da American Airlines em 22 de dezembro de 2001. Reid foi preso e cumpre pena de prisão perpétua. A polícia também deu batida numa loja chamada Centro de Aprendizado Igra, em Leeds. A loja aparentemente vende livros e DVDs islâmicos, além de oferecer seminários e palestras. Todos os outros terroristas já identificados são da região de Leeds, onde vizinhos e parentes os descrevem como cidadãos comuns e se dizem chocados ao saber de sua atuação nos ataques.

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