O governo da Colômbia informou nesta quinta-feira (8) que quatro homens presos no Haiti por suposto envolvimento no assassinato do presidente do país caribenho, Jovenel Moïse, e outros dois que foram mortos em troca de tiros com policiais são ex-militares do Exército colombiano.
"Hoje a Interpol solicitou oficialmente informações ao governo colombiano e à nossa Polícia Nacional sobre os supostos responsáveis por este ato. Inicialmente as informações são de que eles são cidadãos colombianos, ex-membros do Exército Nacional", disse o ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano, em comunicado.
Ainda de acordo com Molano, o governo da Colômbia deu instruções à Polícia e ao Exército "para cooperarem imediatamente no desenvolvimento desta investigação".
O diretor da Polícia colombiana, general Luis Vargas, explicou que a Interpol "pediu informações sobre seis pessoas, duas das quais foram mortas em uma operação da Polícia Nacional haitiana e eram supostas responsáveis pelo assassinato do presidente do Haiti".
Vargas acrescentou que dois desses homens, cujas identidades ele não revelou, eram "suboficiais que deixaram o Exército da Colômbia", e os outros quatro eram ex-soldados da mesma força armada.
As autoridades haitianas prenderam hoje 15 colombianos e dois americanos de origem haitiana por suposto envolvimento no assassinato de Moïse. Segundo o diretor-geral da Polícia Nacional haitiana, Léon Charles, o grupo que matou o chefe de Estado era formado por 26 colombianos e dois americanos. Ele afirmou que oito "mercenários" colombianos estão sendo procurados, e outros três foram mortos em troca de tiros com as forças de segurança.
O assassinato de Moïse, ocorrido no início da manhã de quarta-feira, causou um alvoroço internacional e levou o governo haitiano a declarar estado de sítio de 15 dias.
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