A situação na penitenciária conhecida como “La Modelo”, localizada na capital da Colômbia, Bogotá, se deteriorou com o surgimento de motins entre os detentos nesta sexta-feira (17).
Os distúrbios ocorrem um dia após o diretor da unidade prisional, o coronel aposentado Élmer Fernández, ter sido brutalmente assassinado a tiros nesta quinta-feira (16) enquanto trafegava em um veículo oficial do Instituto Nacional Penitenciário e Carcerário (Inpec).
Os motins atingiram os pavilhões 4 e 5 do presídio. Unidades da Polícia Metropolitana de Bogotá foram chamadas para conter a desordem, segundo informações do site argentino Infobae.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram unidades de gás lacrimogêneo sendo lançadas de dentro da prisão para uma das ruas adjacentes, o que levou as autoridades a bloquear a área para controlar a situação.
Neste momento, as autoridades realizam operações de busca e controle dentro da penitenciária, com foco em prevenir novos motins e transferir detentos considerados de alta periculosidade. A entrada de civis ao presídio permanece restrita.
Fernández apoiava reformas em “La Modelo” e intensificação da segurança no local
Na quinta-feira, o ministro da Justiça da Colômbia, Néstor Osuna, lamentou o assassinato do diretor Élmer Fernández e garantiu que os responsáveis seriam encontrados.
"Os assassinos não vão nos intimidar, e vamos seguir em frente, apesar de suas afrontas e insolência", afirmou Osuna, anunciando ainda o reforço nas medidas de segurança para os funcionários do Inpec.
O presidente Gustavo Petro também expressou sua indignação nas redes sociais, destacando que Fernández estava no cargo há apenas 42 dias e estava empenhado em impor disciplina na penitenciária.
"Hoje ele foi vilmente assassinado. Um plano foi estabelecido em Bogotá, e um conselho de segurança extraordinário será realizado para estabelecer medidas para todas as prisões do país", declarou Petro, expressando solidariedade à família de Fernández.
A morte do diretor ocorreu em um contexto de ameaças recentes feitas por um criminoso conhecido como "Pedro Pluma". Segundo o presidente da União dos Trabalhadores Penitenciários (UTP), Óscar Robayo, Fernández e sua família já haviam recebido ameaças, supostamente devido às ações do diretor para restabelecer a ordem em La Modelo. (Com Agência EFE)
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