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Visita

Pressão comercial britânica é ignorada por Dilma

Papinha estava cheia de larvas e fungos | Lucas Fabrício Salamon / Divulgação
Papinha estava cheia de larvas e fungos (Foto: Lucas Fabrício Salamon / Divulgação)

A presidente Dilma Rousseff não deu indicativo público ao premiê britânico, David Cameron, de que eliminará ou atenuará medidas protecionistas sobre importações. Essa demanda era um dos panos de fundo da primeira visita de Cameron ao país, mas foi ignorada por Dilma em sua declaração à imprensa, ontem, em Brasília.

Cameron foi ao Palácio do Planalto acompanhado de representantes de 50 empresas britânicas. Em entrevista, anteontem, ele disse que o protecionismo do Brasil trará custos no futuro.

Repetindo a essência de seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, na terça passada, em Nova York, Dilma afirmou que os estímulos econômicos internos representam um esforço do Brasil para ajudar na recuperação da economia internacional.

"O Brasil tem feito a sua parte, no que se refere à recuperação mundial, quando desenvolve incentivos ao crescimento do emprego e à demanda doméstica. E fiz ver ao primeiro-ministro que, em plena crise, temos aumentado as nossas importações", afirmou a presidente.

Dilma ainda citou dados do comércio entre os dois países, que apontam um crescimento de 10% entre 2010 e 2011, e disse que a maior parte disso refere-se a mercadorias exportadas pelo Reino Unido.

Cameron disse ter transmitido a Dilma a mensagem de necessidade de apoio à redução de protecionismos.

Intervenções

No encontro, Dilma manifestou a oposição da diplomacia brasileira em relação a eventuais intervenções militares na Síria e no Irã.

A defesa de uma solução pacífica para os conflitos na Síria e do diálogo para a resolução da tensão nuclear de Israel com o Irã já haviam sido manifestados pela presidente na última terça-feira, durante discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

O governo britânico é aliado dos Estados Unidos na defesa da necessidade de intervenções militares no Oriente Médio, se isso for avaliado como a opção necessária para a resolução de conflitos e ameaças ao Ocidente.

O Reino Unido lidera, ao lado da França, a ação militar na Líbia – ação em relação à qual o Brasil se absteve no Conselho de Segurança da ONU. "Reiterei ao primeiro-ministro que um processo político liderado pelos próprios sírios é o melhor caminho para a superação do conflito", afirmou Dilma.

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