O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, pediu nesta quarta-feira (15) que se mantenha a pressão sobre o governo interino de Honduras para obter o retorno ao poder do destituído presidente Manuel Zelaya.

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O país centro-americano está sob comando do presidente interino, Roberto Micheletti, desde o golpe de Estado, em 28 de junho, quando militares destituíram Zelaya e o levaram a Costa Rica.

"Temos que manter a pressão que estamos tendo e permitir que o trabalho dê seus frutos", disse Insulza durante reunião de representantes da OEA em Washington, referindo-se à mediação do presidente da Costa Rica, Óscar Arias, iniciada na semana passada.

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Representantes de Zelaya e de Micheletti devem reunir-se novamente no fim de semana em San José, depois da convocação feita pelo presidente da Costa Rica e prêmio Nobel da Paz para uma nova tentativa de se chegar a uma solução à crise política em Honduras.

A mediação de Arias, que conta com o apoio da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, recebeu críticas do presidente venezuelano, Hugo Chávez, aliado de Zelaya.

Mas o presidente deposto advertiu que as conversas fracassarão se não chegarem a um acordo que permita seu retorno ao país, o que é negado por Micheletti, apoiado pela Corte Suprema de Justiça e o Congresso.

A OEA repudia o golpe de Estado em Honduras e suspendeu o país do órgão por quebra da ordem democrática.

Popularidade

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Manuel Zelaya é mais popular que o interino, Roberto Micheletti, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta.

Manuel Zelaya teve aprovação de 46 por cento, enquanto Micheletti, que assumiu a Presidência logo depois de Zelaya ter sido expulso do país, contou com uma percepção positiva de 30 por cento, de acordo com pesquisa do CID Gallup, realizada entre 30 de junho e 4 de julho, dias depois do golpe.

"Zelaya sempre teve um bom índice de aprovação, enquanto que o de Micheletti tem sido mais baixo," disse Xiomara Muñoz, diretora do CID Gallup em Honduras.

O presidente deposto teve 44 por cento de opiniões desfavoráveis. Micheletti ficou com 49 por cento.

Contudo, comparada com levantamento de fevereiro, a pesquisa atual mostra que a aprovação de Zelaya caiu sete pontos, enquanto a de Micheletti subiu sete.

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