Ditador Nicolas Maduro, da Venezuela, cedeu à pressão do governo Trump para receber deportados| Foto: EFE/EPA/ALEXANDER ZEMLIANICHENKO / POOL
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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou às autoridades do país nesta quarta-feira (19) que trabalhem conforme as regras estabelecidas por Donald Trump para garantir a chegada de mais voos de deportados que estão detidos nos EUA, após forte pressão de Washington.

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Maduro informou que às 10h locais (11h em Brasília) desta quinta-feira (20), 306 pessoas "provenientes do aeroporto do México" aterrissarão em Caracas.

"Ordenei aumentar todas as ações diplomáticas para trazer todos os venezuelanos dos EUA. Vamos retornar com todos os imigrantes", declarou o ditador venezuelano, acrescentando que deu essa instrução ao enviado especial para as negociações de paz com Washington, Jorge Rodriguez.

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A "decisão" de Maduro surge logo depois do governo Trump ameaçar o regime de Caracas com novas sanções que, segundo o Departamento de Estado americano, seriam "novas, severas e progressivas".

A declaração oficial da Casa Branca foi feita depois que o líder chavista condenou o recente envio de mais de 200 de seus cidadãos a El Salvador, sob acusações de pertencer à organização criminosa internacional Tren de Aragua.

Maduro, então, solicitou ao governo Trump que "cesse sua perseguição e violação" aos direitos humanos dos migrantes, depois de denunciar como uma "humilhação" a transferência desse grupo de pessoas para o país centro-americano que, segundo ele, foram "sequestradas e enviadas para um campo de concentração", o que também descreveu como "crueldade" e "injustiça".

Em resposta durante uma entrevista coletiva, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, disse que a gangue "está intimamente associada" e "alinhada com o regime de Maduro", em linha com o que a Casa Branca havia dito anteriormente, argumentando que o grupo foi enviado pelo regime hostil de Maduro para os EUA.