A ditadura de Miguel Díaz-Canel em Cuba tem uma nova preocupação para resolver. Desta vez, na área da educação: a falta de professores nas escolas.
Nessa segunda-feira (21), a ministra da Educação do regime, Naima Trujillo Barreto, afirmou durante reunião que terá que "apelar a todas as alternativas possíveis para garantir que os estudantes tenham ao menos um professor por sala de aula".
O ano letivo em Cuba tem início no próximo dia 4 e muitas províncias do país ainda estão sem corpo docente. Havana, Sancti Spíritus, Mayabeque e Matanzas são as regiões que mais sofrem com a situação precária.
A ministra destacou em sua fala que "o ano letivo 2023-2024 será complexo e cheio de desafios". Em outra oportunidade, o ditador cubano Díaz-Canel também se referiu ao ano escolar como "extremamente desafiador".
Uma das soluções encontradas pelo ministério é buscar professores de outras regiões do país para trabalhar nos locais mais deficitários. Segundo o portal Cubanet, no ano passado, cerca de 3 mil educadores foram "importados" de outras províncias cubanas para suprir as necessidades somente de Havana, a capital do país.
Entre as principais causas que contribuem para a falta de professores, está o baixo salário no setor educacional. Segundo dados do Escritório Nacional de Informação e Informação Estatística (ONEI), o salário médio do setor é de 4.005 pesos cubanos (CUP), equivalente a cerca de 16 dólares, segundo o câmbio informal.
Recentemente, mais de 6 mil trabalhadores da província de Guantánamo, em Cuba, não receberam o salário referente ao mês de julho. Segundo Emnier Cotilla, membro da Secretaria da Central dos Trabalhadores, os profissionais mais afetados foram os das áreas de cultura, esportes e educação.
Outra questão que interfere na disponibilidade de mão de obra é o crescente fluxo migratório de cubanos que tentam deixar a ditadura.
Além da crise educacional, o país acumula outros problemas econômicos e sociais, como a falta de dinheiro em espécie e alimentos e escassez energética e de medicamentos.