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Yevgeny Prigozhim
Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, ofereceu “seus serviços” para ajudar a combater a “colonização do Ocidente” no Niger| Foto: Reprodução/ Twitter

O líder do Grupo Wagner, Yevgeni Prigozhin, afirmou nesta terça-feira (8) que os Estados Unidos estão dispostos a reconhecer a junta militar que deu um golpe no Níger apenas para evitar a presença de mercenários russos no país.

"Os Estados Unidos reconhecem um governo, que não os reconhece, apenas para evitar encontrar o Wagner no país", disse o áudio transmitido pelos canais do Telegram associados ao grupo paramilitar.

Prigozhin comentou ainda a visita da "número dois" do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, ao Níger, onde se reuniu nesta ocasião com vários líderes do golpe, mas não conseguiu progressos significativos para restabelecer a ordem constitucional.

Durante a tentativa de diálogo, Nuland colocou sobre a mesa várias fórmulas para restabelecer a ordem democrática no Níger por meio de uma "solução negociada", mas os líderes da junta militar mostraram pouco interesse, explicou em declarações telefônicas a um grupo de jornalistas em Washington.

Após as reuniões, a diplomata disse que "as pessoas que vão tomar uma decisão sobre o golpe de estado no Níger estão bem cientes dos riscos que um convite do grupo Wagner representa para a sua soberania".

Na semana passada, o presidente deposto do Níger, Mohamed Bazoum, apelou aos Estados Unidos e outros países para ajudá-lo a restaurar a ordem constitucional do país.

Em uma coluna no The Washington Post, Bazoum também afirmou que "toda a região central do Sahel pode cair sob influência russa por meio do grupo Wagner, cujo terrorismo brutal foi claramente visto na Ucrânia".

Em seu comentário, Prigozhin acrescentou que os mercenários estão sempre "do lado do bem e da justiça".

"Ao lado daqueles que lutam por sua soberania e seus interesses. Liguem para nós a qualquer momento", disse.

O líder paramilitar elogiou anteriormente o golpe militar no Níger, mas negou participação no movimento golpista.

No áudio reproduzido pelos canais do Telegram, Prigozhin afirmou que “o que acontece no Níger nada mais é do que a luta do povo contra a colonização ocidental”. (Com informações da Agência EFE)

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