Os franceses vão às urnas amanhã para escolher o adversário do presidente Nicolas Sarkozy na próxima eleição presidencial em 2012. Pela primeira vez na história política francesa, o Partido Socialista, o principal na oposição, realiza primárias abertas a todo o eleitorado e não apenas aos militantes.
O entusiasmo socialista é apoiado pela vaga de rejeição a Sarkozy neste final de mandato. Somente 36% dos franceses, segundo pesquisas recentes, desejam que ele concorra à reeleição. O PS também ganhou novo fôlego com a conquista da maioria absoluta no Senado no mês passado, a primeira vez desde 1958.
Ao todo, seis candidatos das mais variadas nuances da esquerda estão representados. François Hollande, ex-primeiro secretário do partido, aparece nas pesquisas à frente da atual ocupante do posto, Martine Aubry.
Os dois defendem a redução do déficit francês de 5,7% do PIB para 3%.
Ségolène Royal, ex-candidata à eleição presidencial de 2007 (e ex-mulher de Hollande), é tida como a terceira força na disputa.
Arnaud Montebourg e Manuel Valls representam, respectivamente, a ala mais à esquerda e mais à direita do PS. Montebourg defende a "desglobalização" e mais controle estatal no setor das finanças. Quanto a Jean-Michel Baylet, é visto como um "outsider".
Caso nenhum candidato obtenha mais de 50%, o segundo turno acontecerá no dia 16 de outubro.
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