Com resultados imprevisíveis, os eleitores de Iowa serão, como ocorre a cada quatro anos, os primeiros a escolherem os candidatos para a corrida presidencial dos Estados Unidos. Enquanto a democrata Hillary Clinton defende sua posição de favorita nas primárias democratas, no grupo republicano o magnata Donald Trump tentará provar que não é apenas um fenômeno midiático. Os dois partidos convocaram para as 19h locais (23h de Brasília) os caucus (reunião de eleitores) em Iowa.
Entre os republicanos o voto é secreto, enquanto os democratas formarão grupos por candidatos para conceder a eles delegados. Na semana seguinte, as primárias seguirão em New Hampshire, e sucessivamente nos outros estados até junho. As eleições presidenciais serão realizadas em novembro.
A última pesquisa divulgada no sábado pelo jornal “Des Moines Register” concedia a Hillary 45% dos votos, contra 42% para Sanders. Sanders, que se autodenomina “socialista democrático”, não assusta os jovens democratas, que o aplaudem quando promete uma revolução política.
Ainda que termine em segundo lugar, Sanders pode reivindicar uma vitória relativa: quando se lançou à campanha, em abril, registrava menos de 10% dos votos em Iowa. Em New Hampshire, Sanders domina as pesquisas, mas no resto do país fica para trás.
A rejeição às elites políticas marcou os últimos sete meses de campanha, o que permitiu que o milionário Donald Trump ganhasse espaço entre os republicanos. Trump, que tem 28% na pesquisa, ataca o establishment e a incompetência dos dirigentes, enquanto promete que com ele “os Estados Unidos ganharão tanto que se cansarão de ganhar”.
Seu discurso nacionalista, anti-imigrantes e politicamente correto fez sucesso entre os eleitores desiludidos.