A senadora e primeira-dama da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, será candidata à presidência da República nas eleições de outubro, segundo o chefe-de-gabinete do governo argentino, Alberto Fernández. A notícia já havia sido passada por fontes oficiais citadas na edição deste domingo (1º) do jornal Clarín. A candidatura será anunciada em ato popular no dia 19 de julho em La Plata, 60 km ao sul de Buenos Aires.

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O anúncio põe fim ao suspense alimentado nos últimos meses pelo presidente Néstor Kirchner a respeito de sua candidatura ou a da mulher para as eleições de 28 de outubro. Segundo pesquisas, a primeira-dama tem uma imagem positiva para 61% dos argentinos, superior a do marido, que registra 52%. Mas no que diz respeito às intenções de voto, o presidente supera a esposa: Kirchner teria 55%, contra 46,5% de Cristina. Ainda assim, ambos superam amplamente os candidatos da oposição, o que garantiria a vitória de qualquer um dos dois ainda no primeiro turno.

Aos 54 anos, a primeira-dama, sempre evitou fazer declarações sobre sua pretensão de suceder o marido, mas fez uma série viagens internacionais com o aparente objetivo de ressaltar sua imagem como eventual candidata.

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A senadora, mais um expoente entre as mulheres no mundo que aspiram à presidência, como Hillary Clinton, nos Estados Unidos, é formada em direito na prestigiada Universidade Nacional de La Plata, onde conheceu o marido quando ambos eram militantes da Juventude Peronista.

Caso vença as eleições, Cristina se tornará a primeira mulher eleita presidente pelo voto direto no país. A Argentina já foi governada por Isabel Martínez de Perón, que sucedeu o marido, Juan Perón, depois de sua morte em 1974.