A primeira-ministra da Suécia, a social-democrata Magdalena Andersson, anunciou nesta quarta-feira (14) que apresentará sua renúncia na quinta (15) após a confirmação da derrota do bloco de centro-esquerda contra a oposição de direita nas eleições legislativas de domingo.
Com 99,7% dos distritos eleitorais apurados, a oposição de direita ganhou as eleições por três cadeiras, 176 a 173, segundo a contagem mais recente da Autoridade Eleitoral, que inclui o voto estrangeiro e os votos antecipados enviados dentro do prazo, mas que não chegaram a tempo.
Os sociais-democratas, a legenda mais votada nos últimos pleitos, conseguiram defender sua primeira posição e alcançaram 30,4% dos votos, dois pontos a mais que em 2018.
Em segundo lugar ficaram os Democratas da Suécia (SD), de direita, com 20,6%, três pontos a mais que em 2018 e à frente dos conservadores do líder opositor Ulf Kristersson, que caíram sete décimos, para 19,1%.
“Quase todos os votos foram contados, mas o resultado preliminar da eleição é bastante claro”, disse Andersson em entrevista coletiva, na qual previu que será uma legislatura “dura” e “complicada” devido à pequena diferença.
A líder social-democrata também destacou que seu partido obteve um resultado eleitoral “sólido” e que é “claramente” o maior da Suécia.
O resultado final coloca o bloco da oposição com 49,6% dos votos contra 49% da centro-esquerda e a diferença entre os blocos passa de uma para três cadeiras, em relação ao resultado preliminar divulgado na segunda-feira.
Na segunda-feira, pouco mais de 44,5 mil votos separavam os dois blocos, que mantiveram cautela nestes dias enquanto aguardavam o resultado final, embora as quatro legendas do bloco de direita tenham realizado reuniões e a mídia sueca já tenha começado a especular sobre a possível distribuição de pastas.
Na contagem final, o SD foi o grande vencedor das eleições: não só foi a força que mais cresceu, como tirou a liderança do bloco de direita dos conservadores, que a ocupavam desde 1979, e terá uma influência direta na formação do governo após uma década de isolamento.
A mídia sueca está divulgando a possibilidade de que conservadores e democratas-cristãos formem um Executivo minoritário, chefiado por Kristersson e apoiado de fora pelas outras forças do bloco.
No entanto, o SD reivindicou um papel “central” e pretende “fazer parte do governo”, como disse seu líder, Jimmie Åkesson, na noite das eleições.
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