A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse nesta terça-feira (26) a um grupo de deputados de seu Partido Conservador que vai deixar o posto se o acordo de saída do país da União Europeia for aprovado.
Segundo parlamentares ouvidos pela agência Reuters, a chefe de governo não indicou uma data certa para a renúncia, mas espera-se que, havendo sinal verde do Legislativo para o pacto, ela se concretize no curto prazo.
O documento que rege a separação já foi rechaçado duas vezes pelo Parlamento britânico, em janeiro (por uma maioria de 230 votos) e em meados de março (por uma ainda elástica diferença de 149).
Os partidários de um rompimento a seco (sem período de transição para adaptação de lado a lado) vinham sinalizando a emissários do governo nos últimos dias que só endossariam o acordo fechado pela primeira-ministra em novembro de 2018 se ela se comprometesse em deixar a função.
Em dezembro passado, May já afirmara que cederia o posto antes das próximas eleições gerais, previstas para 2022.
Feita a concessão nesta quarta, a expectativa é que o pacto de separação seja levado a votação em plenário pela terceira vez até sexta (29).
Na semana passada, a UE disse que, se o texto fosse aprovado pelos deputados até esta data, 29, o Reino Unido poderia permanecer no bloco até 22 de maio - os quase dois meses serviriam para passar a legislação de que Londres precisará como "país solo", como a relativa a comércio, pesca e imigração.