As organizações sindicais e a esqueda suíça pediram nesta segunda-feira que seja aumentada a remuneração dos trabalhadores e que o nível salarial das mulheres seja equiparado ao dos homens. Ao mesmo tempo, a habitualmente pacífica Zurique teve depredações e saques.
Em um país que tem pouca tradição de comemorar o Dia do Trabalho e somente os servidores públicos têm feriado neste dia, os sindicatos convocaram manifestações em diferentes cidades.
Umas cinco mil pessoas participaram de uma marcha em Zurique, durante a qual o presidente do Partido Socialista, Hans-Jurg Fehr, criticou os pagamentos elevados que recebem diretores e presidentes de multinacionais e de empresas suíças, o que tem gerado uma polêmica pública nas últimas semanas.
Executivos desse nível chegam a receber mais de uma milhão de euros mensais, enquanto "os salários dos empregados aumentou muito pouco nos últimos anos, apenas 0,4%", disse ele.
Houve confrontos com a polícia em Zurique. Manifestantes depredaram lojas e fizeram saques.
Em Winthertur, o vice-presidente da União Sindical Suíça, Vasco Pedrina, denunciou o "balanço dramático de 15 anos de política neoliberal", responsáveis, segundo ele, por "salários estagnados, quebra de empresas e desemprego".
O presidente do Sindicato da Comunicação, Christian Levrat, lamentou "a desigualdade persistente no salário das mulheres".
Houve manifestações também em Lausanne e Genebra, onde os participantes empunharam cartazes pedindo "não à exclusão e à xenofobia".
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