As negociações entre Israel e o Hamas, grupo radical que controla a faixa de Gaza, no Cairo não registraram nenhum progresso até o momento, afirmou uma fonte israelense nesta terça-feira (12).

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"As divergências continuam sendo grandes. Não aconteceram progressos nas negociações", afirmou a fonte, que pediu anonimato.

A delegação negociadora palestina também disse nesta terça-feira que a primeira reunião indireta realizada na segunda (11) à noite "não resolveu ainda nenhum assunto", mas afirmou que as conversas foram "sérias".

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As discussões entre israelenses e palestinos, com a mediação do Egito, foram retomadas após a entrada em vigor de uma nova trégua de 72 horas na segunda-feira.Durante as conversas, ambas as partes apresentaram suas reivindicações para conseguir um cessar-fogo total e permanente.

Israel exige o desarmamento da resistência palestina de Gaza, a destruição dos túneis, não desenvolver as capacidades bélicas e o fim dos lançamento de foguetes. Já os palestinos querem o fim do bloqueio à Gaza e a libertação de presos.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, convocou uma reunião do gabinete de segurança para esta terça-feira em Tel Aviv para falar sobre as negociações.

A operação Margem Protetora, iniciada em 8 de julho por Israel para deter os lançamentos de foguetes a partir de Gaza e destruir a rede de túneis dos islamitas, matou 1.940 palestinos, segundo os serviços de emergência.

Do lado israelense, 64 soldados e três civis morreram.

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Investigação

Ao mesmo tempo, Israel criticou a criação de uma comissão de investigação da ONU sobre possíveis violações das leis internacionais durante o conflito em Gaza e nas semanas anteriores.

"As conclusões anti-israelenses do relatório da comissão já estão escritas, faltam apenas as assinaturas", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor.

O Conselho dos Direitos Humanos da ONU anunciou na segunda-feira a criação de uma comissão internacional para investigar as violações de leis humanitárias internacionais e dos direitos humanos nos territórios palestinos, especialmente na faixa de Gaza, desde 13 de junho.

"Para esta comissão, o mais importante não são os direitos humanos, e sim o direito das organizações terroristas como o Hamas", disse o porta-voz.

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O movimento radical Hamas elogiou em um comunicado a "decisão de formar uma comissão de investigação internacional".