Beirute O primeiro-ministro libanês, Fuad Siniora, acusou ontem o partido xiita pró-Síria Hezbollah de tramar um golpe de Estado contra ele, elevando a guerra de palavras entre o governo apoiado pelo Ocidente e as forças de oposição.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse a milhares de partidários, na quinta-feira, que ele não se renderia na batalha para depor Siniora e acrescentou que alguns funcionários do governo tentaram sabotar o grupo em sua guerra de 34 dias com Israel, em julho e agosto.
Siniora rebateu a declaração na tevê, rejeitando as alegações e acusando o grupo xiita de tentar intimidar seus opositores. "Você não é nosso Deus e o partido (Hezbollah) não é nosso Deus. Quem o escolheu para dizer eu estou certo e tudo o mais está errado?", questionou Siniora, um muçulmano sunita.
O premier disse que o "Líbano é um país de consenso que não funciona com ameaças. Somente o Parlamento (controlado pela maioria anti-Síria) dá ou tira sua confiança ao governo. Vivemos uma democracia".
Partidos de oposição vêm ocupando duas praças do centro de Beirute por mais de uma semana e prometeram não retroceder até Siniora atender a suas exigências de um governo de união nacional, no qual eles teriam direito de veto.
O impasse pode causar um conflito sectário em um país está lutando para se recuperar da guerra contra Israel.
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