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terrorismo

Primeiro-ministro belga era monitorado por autores de ataques em Bruxelas

 | Nicolas Maeterlinck/AFP
(Foto: Nicolas Maeterlinck/AFP)

A polícia da Bélgica encontrou mapas e fotos do endereço do gabinete do premiê Charles Michel no computador que foi provavelmente abandonado pelo terrorista Ibrahim el-Bakraoui, 29, em uma lixeira ao lado do prédio em que ele vivia com o irmão, Khalid, 27, no apartamento da rua Max Roos, em Schaerbeek, bairro ao norte de Bruxelas.

Os irmãos Bakraoui se suicidaram com explosivos nos ataques do dia 22 -Ibrahim no aeroporto de Zaventem, e Khalid na estação de metrô de Maelbeek. As ações deixaram 32 mortos e cerca de 340 feridos.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30) pelos jornais “L’Echo”, “De Morgen” e “Le Soir”, que citam fontes policiais. Segundo a imprensa belga, havia “informações específicas” sobre o gabinete, no número 16 da Rue de La Loi, e também sobre o Lambermont, a residência oficial do primeiro-ministro, localizada perto da Embaixada dos Estados Unidos.

Os dados serão analisados por uma equipe do FBI que irá a Bruxelas para ajudar os investigadores a decodificar parte do material que está criptografada. A segurança foi reforçada em torno dos escritórios do governo e do Parlamento. Ao jornal Le Soir o porta-voz do premiê disse que “medidas de segurança já estavam sendo tomadas anteriormente”.

Nesse mesmo computador a polícia já havia dito ter encontrado um documento escrito por Ibrahim em que ele dizia suspeitar estar sob vigilância e que não queria “acabar numa cela”, o que dava a entender que partiria para uma ação suicida.

Do apartamento de Schaerbeek partiram de um táxi para o aeroporto de Zaventem, na terça-feira (22), os três apontados como responsáveis pelo atentado no terminal. Um deles era Ibrahim el-Bakraoui, o outro era Najim Laachraoui, 24, e o terceiro, identificado como “homem do chapéu” por aparecer com o acessório nas imagens da câmera de segurança do aeroporto, fugiu e ainda não foi preso.

No local, a polícia encontrou 15 quilos do explosivo TATP, mesmo tipo usado nos ataques de Paris, e outros materiais para a confecção de bombas: 150 litros de acetona, 30 litros de água oxigenada, um detonador e uma mala cheia de pregos e parafusos.

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