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O primeiro-ministro do governo interino da oposição síria, Ahmed Toma, foi reeleito para um segundo mandato na assembleia geral da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a principal aliança política da oposição, informou nesta quarta-feira (15) a própria organização.

Em comunicado, a CNFROS afirmou que Toma foi reeleito em uma votação na terça-feira (14) à noite de sua assembleia geral, com 63 votos, superando os outros dois candidatos ao cargo, Ali Badran, que obteve apenas um voto, e Mohammed Yassin Najjar, que não teve nenhum.

A partir de agora, Toma tem a missão de constituir em um mês um novo Executivo provisório de oposição, que deve ser aprovado pela assembleia geral da CNFROS.

Em julho, a coalizão destituiu o primeiro Gabinete de Toma por considerar que seu trabalho não tinha sido bom e que tinha cometido erros, afirmou na época à Agência Efe um porta-voz da organização.

A destituição também esteve relacionada com a decisão unilateral de Toma de dissolver, no final de maio, a cúpula do Exército Livre da Síria (ELS) e destituir seu comandante, o general Abdelilah al Bashir.

Essa iniciativa de Toma não agradou aos dirigentes da CNFROS que pouco depois a anularam.

A CNFROS tinha estabelecido para o fim de agosto a criação de um novo governo interino, mas a votação foi adiada por diferenças internas em relação aos candidatos ao cargo de primeiro-ministro.

Essas divergências se refletiram nos últimos dias da reunião da CNFROS.

De fato, o Bloco Democrático, um dos grupos mais importantes dentro da CNFROS, publicou um comunicado com críticas à Irmandade Muçulmana da Síria, com o apoio do Catar, pelo apoio a Toma na votação, apesar de sua destituição em julho.

Dentista de profissão e oriundo da província de Deir ez Zor, no nordeste da Síria, Toma é um islamita independente que esteve preso pelo regime de Bashar al Assad entre 2007 e 2010.

Foi membro da denominada Declaração de Damasco, uma iniciativa de resistência pacífica que foi lançada por veteranos da oposição ao regime de Assad antes de 2011, quando começou a guerra civil.

Em setembro de 2013, foi eleito primeiro-ministro da oposição pela primeira vez no lugar de Ghassan Hitto.

A CNFROS é a principal interlocutora da oposição síria frente aos Estados Unidos, que anunciaram que vão treinar e armar o ELS como parte de sua estratégia para conter o avanço do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

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