Liu Chao-shiuan anuncia sua renúncia após menos de 16 meses no cargo| Foto: Nicky Loh / Reuters

O primeiro-ministro de Taiwan, Liu Chao-shiuan, apresentou sua renúncia nesta segunda-feira (7), aceitando a responsabilidade política pela lenta resposta do governo a emergência criada pela passagem do tufão Morakot no mês passado - a tormenta mais devastadora a atingir a ilha em 50 anos. Com a renúncia de Liu, o secretário-geral do partido governista de Taiwan foi nomeado para ser o novo primeiro ministro. "O presidente (de Taiwan) decidiu apontar Wu Den-yih, o secretário-geral do partido Kuomintang, para ser o novo primeiro-ministro", disse um porta-voz da presidência, Wang Yu-chi.

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A renúncia de Liu, depois de menos de 16 meses no cargo, ocorre após sérias críticas públicas sobre a forma como o governo lidou com tufão. "Mais de 700 pessoas foram mortas no tufão. Alguém tem de assumir a responsabilidade política", disse Liu em uma entrevista coletiva à imprensa convocada às pressas na capital Taipei. O Gabinete vai renunciar na quinta-feira para abrir caminho para a reforma ministerial, disse o primeiro-ministro demissionário.

"Eu terminei minha missão neste estágio. Até 90% das pessoas atingidas pelo tufão receberam ajuda em dinheiro e 92% dos desabrigados foram alojados em barracas militares e em alguma instalação do governo", disse.

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O novo primeiro-ministro, Wu Den-yih, disse que vai anunciar seu novo Gabinete em dois dias após discutir os nomes dos candidatos com o presidente, Ma Ying-jeou. "Eu vou discutir com o presidente Ma assim que possível para que o novo Gabinete seja capaz de rapidamente se engajar nos trabalhos de reconstrução", após o devastador tufão de agosto, disse Wu que também anunciou que vai renunciar os postos que ocupa no partido Kuomintang, onde além de secretário-geral é ainda vice-presidente.

O tufão Morakot atingiu a ilha no início de agosto, trazendo fortes ventos e chuvas torrenciais que deixaram pelo menos 614 mortos e outros 75 desaparecidos, de acordo com os mais recentes dados do governo. Não há uma explicação imediata porque Liu disse que mais de 700 pessoas perderam suas vidas no desastre.