O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, recuperou a liderança nesta quarta-feira sobre seu rival Iyad Allawi nos resultados da eleição parlamentar de 7 de março, que tem sido prejudicada por alegações de fraude.
Partidários de Maliki reclamaram de trapaças depois que os primeiros resultados parciais mostraram seu candidato atrás de Allawi em uma eleição tão apertada que se prevê que haverá meses de duras negociações para a formação de um novo governo.
Mas Allawi, que foi primeiro-ministro entre 2004 e 2005, perdeu sua estreita margem de vantagem quando novos resultados da contagem liberados na noite desta quarta-feira mostraram a aliança de Maliki na liderança por 40 mil votos em todo o país.
Qualquer que seja o cômputo final, a forte votação de Allawi, em especial entre a minoria sunita que se ressente do domínio dos partidos xiitas, no poder desde 2003, tem amplas implicações para a formação do novo governo e a estabilidade da nação depois que as tropas norte-americanas se retirarem.
O novo, mas incompleto, resultado representa 83 por cento dos votos e coloca a coalizão liderada por Maliki, um xiita com uma mensagem de cumprimento da lei e da ordem, à frente em sete das 18 províncias, incluindo as pérolas eleitorais Bagdá e Basra.
A aliança de Allawi vence em cinco províncias. Em seguida aparecem a Aliança Nacional Iraquiana Xiita e partidos curdos que dominam a região curda no norte do Iraque.
Ainda é muito cedo para saber quem estará na próxima coalizão iraquiana de governo, e as semanas ou meses de negociações pela frente podem se tornar ainda mais angustiantes, como a corrida eleitoral indica, se os resultados forem contestados pelos perdedores.
A Comissão Eleitoral Independente diz que a contagem foi justa e incluiu múltiplas checagens contra fraude. Cerca de 2.000 queixas foram registradas, número menor do que nas eleições provinciais de janeiro de 2009.
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