Protesto de curdos em Beirute, capital do Líbano, país que enfrenta aumento dos conflitos sectários| Foto: Sharif Karim/Reuters

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, renunciou ao cargo ontem, aprofundando a incerteza política no país em um momento no qual o conflito na vizinha Síria provoca tensão sectária no Líbano.

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Mikati renunciou ao posto depois de não ter conseguido levar seu gabinete de governo a um acordo sobre a prorrogação do mandato do general Ashraf Rifi como comandante da forças de segurança interna. A renúncia ainda não havia sido aceita até ontem à noite pelo presidente Michel Suleiman.

Rifi é um sunita alinhado com a facção política de oposição 14 de Março, vista como pró-Ocidente e abertamente crítica do governo de Bashar Assad na Síria.

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O general teria que se aposentar compulsoriamente em 1º de abril, por motivo de idade, mas a delicada situação interna levou Mikati a pedir ao gabinete que prorrogasse o mandato de Rifi. Mas o gabinete, que é dominado pelo movimento xiita 8 de Março, recusou o pedido.

A extensão do mandato de Rifi representaria uma gentileza simbólica com o objetivo de aplacar os temores da comunidade sunita do Líbano.

Mikati liderará a partir de agora um governo interino até que novas eleições sejam realizadas. As eleições parlamentares eram esperadas para junho, mas a falta de acordo em torno de uma nova legislação eleitoral torna provável que a votação ocorra depois disso.

Violência

Nos últimos dias cresceu a violência no norte do país, alimentada pela guerra civil na vizinha Síria. Uma pessoa morreu e mais de 20 outras ficaram feridas a tiros na quarta-feira em um confronto sectário na cidade de Trípoli.

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A maioria dos sunitas libaneses apoia a rebelião em curso na Síria contra o presidente Bashar al Assad, que é da minoria alauíta.