O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, começou a montar a coalizão nesta quarta-feira, dando início aos planos de impor fronteiras finais com os palestinos.
Apelando ao presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas, Olmert disse no discurso põs-eleição que Israel é a favor das negociações de paz com os palestinos para encerrar décadas de conflitos.
Olmert prometeu fixar fronteiras até 2010, removendo assentamentos isolados na Cisjordânia ocupada e expandindo maiores.
O gabinete liderado do Hamas será empossado nesta quarta-feira.
O partido Kadima teve um desempenho pior do que aquele apontado na boca-de-urna, indicando que ele terá de lutar para manter apoio ao seu plano. Com 28 assentos, o Kadima teve uma vitória dentre as menores verificadas para um partido vencedor.
Mas alguns analistas políticos disseram que Olmert deverá conseguir costurar uma coalizão que evite a necessidade de negociar com os partidos de direita que se opõem a qualquer retirada da Cisjordânia, a qual os colonizadores vêem como um direito bíblico.
- Acho que vamos administrar um governo com 28 assentos. Será difícil, mas possível - disse o estadista Shimon Peres a uma rádio.
Além do Kadima, os resultados da eleição mostrou os trabalhistas, que são de centro-esquerda, com 20 assentos; o ultra-ortodoxo Shas com 13; o ultranacionalista Yisrael Beitenu com 12; e o direitista Likud com 11.
O Kadima, fundado há quatro meses, deve procurar uma aliança com os trabalhistas e partidos pequenos, em conversações que poderão durar várias semanas. Alguns partidos religiosos e um que representa aposentados poderão apoiá-lo.
Maya Jacobs, porta-voz do Kadima, disse que as conversações já foram iniciadas.
Os palestinos condenam o plano de Olmert para a Cisjordânia porque acham que lhes negam um estado. As medidas tirariam dezenas de milhares de colonos judeus enquanto traçariam fronteiras ao longo de uma barreira fortificada que Israel está construindo dentro da Cisjordânia.
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