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Pressão

Primeiro-ministro japonês promete apoio a países do Oriente Médio que combatem Estado Islâmico

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, advertiu neste sábado (17) que o mundo iria sofrer uma "perda imensurável" se o terrorismo se espalhar no Oriente Médio e prometeu cerca de 200 milhões de dólares em assistência não militar para os países que lutam contra o Estado Islâmico. A ameaça da militância islâmica entrou em foco fora do Oriente Médio depois que homens armados mataram 17 pessoas em três dias de violência em Paris que começaram em 7 de janeiro com um ataque aos escritórios de um jornal que havia publicado imagens satíricas do profeta Maomé.

O Estado Islâmico, que controla grande parte do país produtor de petróleo Iraque e da vizinha Síria, declarou um califado e quer redesenhar o mapa de uma região vital para as necessidades energéticas do Japão. "Não é nem necessário dizer que a estabilidade do Oriente Médio é a base para a paz e prosperidade para o mundo, e, claro, para o Japão", disse Abe, no Cairo, na primeira parte de uma turnê regional. "Se deixarmos o terrorismo ou armas de destruição em massa se espalharem na região, a perda transmitida à comunidade internacional seria imensurável."

Destacando sua preocupação, Abe disse em uma reunião do Comitê de Negócios do Japão e Egito que Tóquio apoiará financeiramente e de forma não militar os países que lutam contra o grupo, também conhecido como Estado Islâmico do Iraque e o Levante (ISIL, na sigla em inglês). "Vou prometer assistência de um total de cerca de 200 milhões de dólares norte-americanos para os países em conflito com o ISIL para ajudá-los a construir suas capacidades humanas, infraestrutura e assim em diante", disse Abe.

A estabilidade permaneceu ilusória no Oriente Médio desde que os levantes da Primavera Árabe derrubaram autocratas veteranos e aumentaram as esperanças de democracia e prosperidade econômica.

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