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Mudança

Primeiro-ministro líbio apresenta "gabinete de crise"

O primeiro-ministro transitório da Líbia, Mustafa Abu Shagur, apresentou neste domingo (7) ao Parlamento um governo que classificou como "gabinete de crise" e que deve se submeter à confiança dos parlamentares, segundo pôde constatar a Agência EFE. Enquanto o novo governo precisa se submeter à confiança do Parlamento, alguns analistas consideram que os parlamentares podem apresentar ainda neste domingo uma moção de censura contra o próprio Mustafa Abu Shagur.

O gabinete atual é composto por dez ministros, enquanto a primeira formação de governo, apresentada na quarta-feira ao Parlamento era composta por 25 ministros e gerou forte resistência. "É um gabinete de crise, um governo excepcional para a situação de nosso país que é excepcional", disse o primeiro-ministro interino.

Mustafa Abu Shagur afirmou que o Executivo é "estável e compacto" para pôr em prática um plano político e de segurança de que o país precisa.

O primeiro-ministro transitório anunciou ainda que assumiria o cargo de chefe de governo e a pasta das Relações Exteriores, esperando que fosse nomeado um titular.

"Muitas personalidades são candidatas ao cargo, mas não tive tempo suficiente para falar com eles. A pasta das Relações Exteriores será designada nos próximos dias" concluiu. O cargo de vice-primeiro-ministro ficou com Al-Haramein Mohammed.

O Departamento de Defesa será dirigido Essalihin, um dos líderes mais importantes da rebelião, enquanto Achour Souleiman Shwayl ocupará a pasta do Interior.

O Ministério da Justiça e de Reconciliação Nacional ficou com Youcef Omar Kharbich. Em seu discurso no Congresso, Abu Shagur denunciou que foi submetido a "fortes pressões", em uma operação de "chantagem", que tinha a finalidade de elaborar um governo de representação regional e não uma equipe de governo baseada na "competência".

Antes de abandonar o Parlamento, Abu Shagur pediu o voto de confiança de todos os membros do governo.

Alguns parlamentares consideravam que a lista de 25 ministros não refletia o princípio de união nacional e que não era representativo de todas as regiões do país. Na segunda-feira passada um grupo de pessoas cercou o Parlamento em sinal de protesto contra a composição do gabinete.

Depois de se submeter ao voto de confiança, o primeiro-ministro decidiu retirar a primeira lista e propôs compor a nova, que apresentou hoje.

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