O primeiro-ministro quirguiz Almazbek Atambaiev lidera amplamente a eleição presidencial no país, segundo os primeiros resultados oficiais divulgados neste domingo pela comissão eleitoral central.

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Atambaiev, que dirige o Partido Social Democrata, obteve 66,74% dos votos, segundo a contagem feita em pouco mais de 10% seções eleitorais (234 sobre 2.318). Seus principais adversários, os nacionalistas Kamshybek Tashiev e Adakhan Madumarov, conseguiram, respectivante, 14,08% e 13,14%.

Para ser eleito no primeiro turno, o candidato deve obter 50% mais um dos votos.

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O candidato nacionalista Adakhan Madumarov denunciou fraudes "sem precedentes" e prometeu defender os votos que obteve "por todos os meios legais".

Madumarov denunciou, em entrevista à imprensa, que "centenas de milhares de eleitores" não encontraram seus nomes nas listas.

A taxa de participação era de 39,42% no início da tarde, hora local, segundo a comissão eleitoral.

O pleito representa uma etapa crucial para o Quirguistão, que não conhece uma transição pacífica do poder desde sua independência, em 1991. Em março de 2005 e, depois, em abril de 2010, viveu revoluções sangrentas, esta última seguida, em junho, de um surto de violência étnica contra a minoria uzbeque do sul do país que deixou entre 400 e 2.000 mortos, segundo as fontes.

Desde a revolução de 2010, que derrotou o presidente Kurmanbek Bakiev, a presidente interina Rosa Otunbayeva conseguiu impedir a implosão do país.

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A estabilidade do Quirguistão é considerada essencial para os Estados Unidos, que possui uma importante base militar utilizada para a mobilização de suas forças no Afeganistão.

Com cinco milhões de habitantes, este pequeno país pobre e montanhoso se apresenta profundamente dividido: entre os quirguizes e os uzbeques, entre um norte urbanizado e relativamente próspero e um sul pobre e rural, e entre clãs do antigo regime e os do novo.