O primeiro-ministro do Governo provisório formado pela oposição síria, Ghassan Hitto, abriu consultas para escolher os ministros de seu gabinete, que será formado por 11 pastas, informou neste sábado a Coalizão Nacional Síria (CNFROS).
Em comunicado, a CNFROS explicou que foram criados comitês que deverão atrair candidatos "com experiência" para desempenhar os cargos deste Executivo interino, que pretende administrar os assuntos das zonas liberadas pelos rebeldes e da oposição no exílio.
No entanto, a coalizão deixa claro que esse gabinete "operará desde dentro do território sírio".
Os ministérios que comporão o gabinete são: Defesa, Interior, Exteriores, Administração Local, Economia e Recursos Públicos, Educação, Agricultura e Recursos Hídricos, Saúde, Infraestrutura e Transportes; Ajuda, Deslocados e Refugiados, e Justiça.
Para concorrer a estes postos, foram fixados alguns requisitos, como ter nacionalidade síria, ser maior de 35 anos, não ser um pilar do regime nem ter cometido crimes contra o povo, ou estar disposto a trabalhar dentro da Síria.
A coalizão foi criticada frequentemente no país por não representar de forma suficiente os grupos da oposição e por estar desvinculada da realidade dentro do território, além de ser supostamente controlada por potências estrangeiras como a Turquia, Catar e Arábia Saudita.
Este descrédito da CNFROS foi em paralelo ao aumento de poder das diferentes milícias rebeldes que lutam contra o Exército sírio, juntados em facções que vão desde os "jihadistas" radicais até os combatentes laicos.